Figuras do Presépio invadem Monsaraz!

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Presépio gigante de rua, com figuras em tamanho real, regressa sexta-feira a Monsaraz. Pelas 11 da manhã, nas Portas da Vila, o Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz abre a festa com os seus Cantos de Natal. As Figuras do Presépio tomam conta de Monsaraz. E até aos Reis, a vila medieval é delas! Delas (de quantos a habitam e gostam!) e dos muitos milhares que vão passar por lá para ver Natal dentro de muralhas com vistas d'Alqueva Espraia-se pelas ruas da vila até ao Largo do Castelo. Aí ficará o conjunto principal: A Virgem, São José e o Menino Jesus. As outras figuras (ao todo são 48) distribuem-se pelas ruas da vila. Em tamanho natural, estruturas de ferro e rede, cobertas por panos de cor crua, pintadas em tons pastel, rosa velho e lilases. Caras e mãos feitas em cerâmica. Por lá vão estar os Reis Magos, o pastor, os guardas do castelo, o oleiro, o almocreve, a lavadeira e a fiadeira. E muito mais! Tudo impermeabilizado e tratado para aguentar a chuva. À noi

Lisboa - Milhão de Euros para rua que não precisa de obras?

Estará a sobrar dinheiro à Câmara Municipal de Lisboa? Deitar fora um milhão de euros com obras numa rua que não precisa? Que mal lhes terá feito a Vitorino Nemésio?
Poderes autárquicos (sem consultarem ninguém, de forma autoritária e não democrática) impõem. Moradores estão contra.

Nada de importante a fazer em Lisboa para que a edilidade da capital resolva desbaratar fundos avultados numa rua que apenas lamenta as borradas de sucessivos executivos municipais? Algumas irreversíveis e de impossível de correcção.
Não existirão necessidades que impeçam o desperdício e o desrespeito pela vontade de habitantes da cidade?

Tudo foi arrasado. Resta apenas, degradado, o palácio ao fundo.

Zona bem antiga do termo de Lisboa, a Ameixoeira começou a ganhar prédios em meados de 70. Habitação própria de quem queria continuar a viver a cidade capital. Numa zona agradável, encostada a casas com história e horizontes desafogados...

Aos poderes públicos não se pedia nada. A não ser que não estragassem, nem permitissem a destruição de marcas de um passado colectivo merecedor de preservação.
Sucessivos equilíbrios autárquicos foram desgraça sempre agravada. E a História, pouco a pouco, assassinada: Ao sabor de conveniências partidárias e submissão a interesses privados, sem estratégia e sem projecto.
Restou o facto consumado, o capricho do momento. Que partiu passeios, removeu calçada, arrancou árvores. Autorizou construções ilegais em zonas de circulação e usufruto colectivo. Transformou uma rua habitacional num eixo de circulação de intenso tráfego automóvel todas as manhãs.
Agora querem piorar o cenário de vida dos moradores à custa do dinheiro de todos!


Vão gastar aqui um milhão de euros?
Que terá a rua de errado?

Não digam nada...
Está a ser invocado um regulamento que não permite faixas de rodagem tão largas!!!
Não fora eu agnóstico e quase me sairia o dito das beiras: Valha-me São Jericó que é pai dos gaiteiros. Mas como fui criado no Campo Grande, ao lado do museu Bordalo Pinheiro, fico-me por um manguito.

Os passeios são amplos. Existe mesmo uma zona de circulação dupla ao longo dos prédios. Com uma área coberta e outra, ainda mais larga: A calçada que ladeia a faixa de rodagem.



A circulação de deficientes, em carreiras de rodas, é fácil: Com rampas de acesso suaves (em espaços abertos) para todos os prédios.

Os únicos obstáculos são aqueles que a autarquia se encarregou de semear.
Como aquela coisa redonda onde já existiu uma árvore.
Foi a Câmara Municipal de Lisboa, agora a pretender estreitar a faixa de rodagem, quem sacrificou vastas parcelas de passeio público para arrumar os automóveis que, inevitavelmente, a instalação de uma universidade privada veio acarretar. Sem que ao menos tivessem sido assumidas as medidas que a Lei prevê para obviar esse facto. Nomeadamente, a obrigatoriedade de parqueamento subterrâneo.
A instalação do estabelecimento de ensino superior foi aprovada sabendo-se que não havia estacionamento disponível. E os passeios foram sacrificados!
Depois foram permitidas outras construções e autorizada a ocupação do espaço público. No segmento da rua onde não existem habitações, não resta quase nesga para a circulação de peões. Culpa, obviamente, da Câmara Municipal e dos sucessivos executivos autárquicos.


A vontade de malbaratar fundos públicos da Câmara Municipal de Lisboa não seria compatível com um debate aberto com a população. Pelos vistos, basta a fidelidade da Junta de Freguesia (da mesma cor política!).
Tal como tinha acontecido quando decidiu transformar uma rua habitacional em eixo de circulação viária, convertendo a manhã dos moradores da Rua Vitorino Nemésio num inferno: A nova via de acesso à Academia de Santa Cecília passou a despejar na rua todo o trânsito das viaturas que transportam as crianças. Situação que agora a autarquia pretende agravar com o tal estreitamento da faixa de rodagem.
Dinheiros públicos gastos sem qualquer preocupação com a qualidade de vida dos moradores.

A propósito, aquele elevador de acesso ao estacionamento da Academia (que é publica!) alguma vez funcionou? Quanto terá custado?

Se neste ala que se faz tarde! todos os dias contamos rostos, sabores, músicas, paisagens, sonhos, das terras portuguesas... porque não haveria também de falar da minha rua, na cidade onde nasci e cresci?
Porque haveria de silenciar o Milhão de euros que os órgãos autárquicos vão jogar fora?
Se o dinheiro é tanto que já está a sobrar... digam qualquer coisinha. Mas não façam dos cidadãos parvos!
Ainda na memória aquele senhor vereador que entrou para estas coisas da política autárquica dando voz a um protesto justo contra uma obra da Câmara Municipal de Lisboa. Estranha-se apenas que, uma vez no lugar, se esteja marimbando para aquilo que cidadãos de Lisboa pensam de obras a que está agora ligado.
E se... se chegasse à desobediência civil para impedir este escândalo? Que diria ele?

Nota final:
Para que não pudesse existir a suspeita de manipulação de imagens, optou-se pela utilização exclusiva das disponíveis no Google Earth.

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